Com a ida de D. Pedro I para Portugal, abdicando em nome do seu filho Pedro de Alcântara, após um período de Regências e
atendendo ao clamor popular, em 23 de julho de 1840 e com 15 anos de idade, o futuro imperador do Brasil foi emancipado.
Para por fim às incessantes batalhas políticas para o posto de Regente e para dar força ao enfraquecido governo
imperial, lidando naquele tempo com a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul, a Sabinada na Bahia, a Balaiada no
Maranhão e a Cabanagem no Pará, coube ao Regente Pedro de Araujo Lima, a missão de perguntar ao futuro Imperador se
era de sua vontade assumir imediatamente o posto. A resposta do então Infante D. Pedro foi: "Quero já".
Uma vez que foi consentida pelo infante, resolvida a necessidade constitucional da maioridade, a sagração e
coroação de D. Pedro II foi marcada para o dia 18 de julho de 1841 e a cidade do Rio de Janeiro foi cuidadosamente
preparada para a cerimônia. As festas foram encerradas no dia 24 de julho, com um grandioso Baile de Gala, no Paço da Cidade.
Já naquele tempo, D. Pedro II, filho de pai português e mãe austríaca, tinha a tendência a exaltar a nacionalidade
brasileira. Assim, escolheu para constar na medalha de sua coroação a figura de um índio, no exato momento em que
lhe colocava a coroa imperial.
Começava então a trajetória política de um dos personagens mais importantes da história brasileira e o principal
responsável pela manutenção da unidade nacional num momento em que todo o restante da América do Sul estava se fragmentando.
Dados Técnicos da Medalha:
Materiais: Prata, Cobre, Ferro e Chumbo.
Diâmetro: 60 mm
Pesos: Prata: 102 gramas, Cobre: 83 gramas, Ferro: desconhecido e Chumbo: 92 gramas.
Gravador: Carlos Custódio de Azevedo.
Referência catalográfica: 1841.A01 (Livro das Medalhas do Brasil - Claudio Amato).
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