Associação Filatélica e Numismática de Santa Catarina
C O M O C O L E C I O N A R
N U M I S M Á T I C A
- Introdução
- Histórico (Nesta página)
- Como colecionar
- Um exemplo: Colecionando cédulas brasileiras
- Terminologia
- Formas de expor
- Estimativa de dispêndios
- Recomendações finais
Histórico
As moedas metálicas surgiram por volta de 2000 a.C., mas, como não existia um padrão e nem eram
certificadas, era necessário pesá-las antes das transações e verificar a sua autenticidade. Só por
volta do século VII a.C. é que se procedeu à cunhagem das moedas. Foi a partir do dracma de Atenas
que se difundiu por todo o mundo a moeda metálica.
Desde o Império romano, cultivou-se o interesse de colecionar moedas sem, no entanto, estudá-las. O
costume romano cultivado por imperadores, como Augusto, foi mantido por reis europeus durante a
Idade Média. Foi durante o Renascimento, graças à vontade dos humanistas em recuperar a
cultura greco-romana e à iniciativa de organizar as coleções reais, que surgiu efetivamente a Numismática, para se
consolidar como ciência nos séculos seguintes.
As coleções de reis, como Luís XIV da França e Maximiliano do Sacro Império, contribuíram para essa consolidação.
Dessa época remota, são também destaques: o abade Joseph Eckhel, que trabalhou na coleção imperial de Viena,
capital da Áustria; o colecionador francês Joseph Pellerin, que contribuiu para a coleção real francesa, e
um dos nomes mais famosos, Francesco Petrarca, poeta que desenvolveu a numismática na Itália.
O objetivo de Petrarca era conhecer a história de cada povo. Petrarca demonstrou também como a
numismática pode se tornar uma paixão contagiosa. Em 1390, coube a ele, indiretamente, a cunhagem
de moedas comemorativas pela libertação da cidade de Pádua, pelo visconde Francisco II de Carrara.
Seja pela cultura, pela observância de técnicas ou simplesmente pelo desafio de colecionar, a relação
entre cultura e numismática sempre é presente. Mesmo aqueles que colecionam moedas ou cédulas como
um simples hobby, sem se dedicar à pesquisa, aprimoram seus conhecimentos.
A numismática desenvolveu-se no Brasil, principalmente a partir do século XIX, seguindo, em parte, o
modelo europeu.
A aristocracia teve papel fundamental para o desenvolvimento da numismática no Brasil, por ser a
classe mais instruída e também por ter condições de formar coleções numismáticas.Na época, as coleções eram formadas,
basicamente, por moedas greco-romanas. Uma contribuição especial veio do imperador Dom Pedro II, amante das artes e da história e
que freqüentemente viajava ao exterior, donde trazia peças como "lembranças".
Com o fim do Império, a maior parte da produção numismática brasileira ficou restrita a museus e a
trabalhos realizados por poucos pesquisadores, principalmente no eixo das cidades do Rio de Janeiro e
de São Paulo, quadro que começou a se alterar com a popularização das feiras de antiguidades e com a
criação de sociedades de colecionadores no país.
No calendário oficial, o dia 1º de Dezembro é marcado como o "Dia do Numismata". Essa data foi
escolhida por ter sido o dia em que ocorreu a coroação de Dom Pedro I, e, também, a apresentação da primeira moeda
do Brasil independente, conhecida como Peça da Coroação. Essa é hoje considerada a moeda mais rara do Brasil.
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