Associação Filatélica e Numismática de Santa Catarina
Papai Noel na América
Papai Noel nos Estados Unidos chama-se Santa Claus. Sua história começa quando o santo
protetor da cidade de Amsterdã e das crianças - Sinter Klaas - chegou, com os
holandeses, por volta de 1650, à costa nordeste da América.
Na nova terra, Sinter Klaas ou Sanct Herr Colas, em holandês, que foneticamente
evoluiu, tornando-se Santa Claus na língua dos americanos - São Nicolau, em
português -, logo ganhou uma igreja na então cidade de Nova Amsterdã - Nova York - e,
como era hábito na Holanda, seu dia, 6 de dezembro, era comemorado com distribuição de
presentes às crianças. Sinter Klaas, por isto, era um santo muito conchecido.
Pouco demorou para que os americanos desejassem ter o seu Sinter Klaas. Ele veio da
imaginação do teólogo-poeta Clement Clarke Moore e do talento do desenhista Thomas Nast.
Em 1822, Moore, num poema intitulado A Visit from Saint Nicholas - A visita de São
Nicolau -, reiventa um São Nicolau que desce à terra na noite de Natal, noite muito
festejada pelas crianças, na Inglaterra.
Segundo o poema, o Sinter Klaas, à americana, é minúsculo - um anão -, seus cabelos,
bigode e longa barba são completamente brancos, veste pele de animais, fuma cachimbo e
traz consigo, nos ombros, um saco cheio de brinquedos. Ele é inquieto, intrépido e, até
certo ponto, transgressor de regras além de voluntarioso pois, somente quando neva, desce
dos céus num também minúsculo trenó puxado por oito renas, igualmente pequeninas ao invés
de vir montado num burrinho cinza ou de carona na asa de algum anjo.
E, deste jeito, chega ele à casa das crianças, também não entrando pela porta principal
mas deslizando pela chaminé para então encher de brinquedos quantas meias penduradas
encontrar pela frente.
A historinha do poema, que só conheceu o sucesso em 1837, caiu no gosto popular quando se
percebeu que ali estavam mostradas algumas tradições das igrejas, católica e protestante.
Foi assim que Sinter Klaas, o antigo e bom santo protetor de muitos holandeses virou
Santa Claus, um velhinho descolado, vitaminado, sem atrite, um santinho quase humano
que faz a alegria de muita gente pequena e grande.
(tradução e adaptação do texto de Jean Duran. Le Monde des Philatélistes n°480, 1993).
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